sábado, 29 de junho de 2024

CHICO NETO VAQUEIRO

 

CONHEÇA O CHICO NETO VAQUEIRO

Eu, Francisco Neto da Silva, conhecido como Chico Neto Vaqueiro, sou um autêntico vaqueiro. Desde minha infância trabalhei com a lida do gado, e as coisas do sertão. Quando tinha dez anos, o meu pai já me acordava cedo para eu ir ajudar a tirar o leite das vacas.

Cresci nessa atividade na Fazenda Jarra no município de Pentecoste, onde lá vivi até completar os meus quarenta e dois anos de idade, quando vim para Fortaleza para trabalhar.

Mesmo morando em Fortaleza não abandonei as minhas raízes. Fui trabalhar como motorista de ônibus, e dirigia “encorado”, ou seja, vestia o meu gibão de coro, o que chamava muita atenção dos passageiros, e foi assim que comecei a divulgar a cultura do vaqueiro.

Vendo que somente nos ônibus não atingia o meu objetivo de divulgação, comecei a procurar as casas de cultura de Fortaleza. A Casa de Juvenal Galeno foi o primeiro espaço que tive acesso para começar a falar sobre a Cultura do Vaqueiro.

A princípio eu era visto apenas como uma pessoa vestida de vaqueiro, mas com o tempo eu fui mostrando que, além de estar vestido de vaqueiro, eu tinha as minhas raízes fincadas no sertão nordestino, e com isso as pessoas passaram a me dar mais espaço para eu me apresentar.

Comecei a ser convidado para visitar escolas, e assim falar sobre a minha vida no campo, e a minha vivência de vaqueiro.

A parir daí eu tive acesso aos editais de cultura, e comecei a me apresentar nas escolas públicas municipais de Fortaleza, assim como equipamentos como o SESC, e o BNB.

Com a evolução do meu trabalho, passei a fazer recitais de toadas e aboios, e tive que ampliar as minhas informações sobre o vaqueiro com algo concreto, foi a partir daí que comecei a montar uma exposição com as peças do vaqueiro.

O meu trabalho passou a ser reconhecido, tanto no Ceará como fora do estado. Tive a oportunidade de participar de Bienais e Feiras Literárias e culturais em Fortaleza e no interior do estado. A Cultura do Vaqueiro ainda me levou a feiras em São Luis do Maranhão e a Bienal de São Paulo.

Hoje me considero o único vaqueiro que atua em escolas fazendo palestras e passando os meus conhecimentos para os alunos.

Outro trabalho que faço de bom grado, e voluntariamente, e levar a minha alegria nos cânticos de aboios e toadas às pessoas idosas que vivem em abrigos.

Por essa minha atividade desenvolvida ao longo do tempo, e por sentir ser uma pessoa única nessa atuação, é que creio ser um icone da cultura nordestina.


CHICO NETO VAQUEIRO